segunda-feira, 14 de setembro de 2009

UM PEIXE QUE SEMPRE DÁ CERTO !

Bem....aqui pretendo revelar um verdadeiro segredo. Um prato de peixe que é muuuuito bem aceito, até pelos narizes mais torcidos, fácil de fazer, e que sempre dá muito certo. Me foi confiado pelo meu tio Danilo, experiente cozinheiro de acampamentos, caçadas e pescarias. É chamado aqui no sul de "Muqueca", mas na verdade, se comparado às apreciadíssimas e temperadas Muquecas capixabas, baianas ou nordestinas, ele é muito mais light, e na verdade seria mais uma "Caldeirada". Tem origem açoriana (como quase tudo por aqui), e é conhecido por pescadores e caçadores da Lagoa dos Patos. O peixe deve ser do tipo grande, para não encher o prato de espinhas, e resistente ao cozimento prolongado. Sugiro Cação, Mangona, ou Anjo, em postas. A porção seria uma ou duas postas por pessoa. Compre em lugares confiáveis, e sempre cheire bem as postas, para não comprar amoníaco. No mais, são verduras e legumes - Cebolas, Tomates, Cenoura, e Repolho (indispensável). Não leva água, e o seu generoso caldo é produzido apenas pelo cozimento destes vegetais Os temperos são o sal, o azeite de oliva, e alho ralado. A preparação é tudo. A panela é arrumada em camadas, e por este motivo deve ser alta, e com uma tampa que vede bem. Na preparação arruma-se as camadas que cubram todo o diâmetro da panela, e na seguinte ordem: 1. Um generoso fio de oliva. 2. Cebolas cortadas em rodelas. 3. Alho ralado. 4. Tomate cortado em rodelas, com pitadas de sal. 5. Outro generoso fio de oliva. 6. O peixe, temperado apenas com sal (tem gente que prefere adicionar uma pimentinha preta moida). 7. E o mais importante - Tapar a camada com folhas inteiras de repolho (a função delas é abafar o cozimento da camada). Repete-se tudo com outra camada, ou até uma terceira (se couber). OK. A panela está armada (e isto pode ser feito antes dos convidados chegarem, guardando depois a panela feita no refrigerador). Para cozinhar, leva-se a panela bem tampada ao fogo forte, por cerca de 45 a 60 minutos, dependendo da quantidade, sem mexer em mais nada. Ao final, a Caldeirada está pronta para servir. Sirva com arroz branco, ou batatas cozidas. Bom apetite!

sábado, 12 de setembro de 2009

DESCULPEM, NÃO AGUENTEI !

Essa é de colecionador.
Meio fora do contexto deste blog, mas digna de registro - A OVELHA.
Sexta-feira de chuva, voltando para a casa, passa-se no super-mercado e encontra-se, quase sorrindo para a gente, uma pequena paletinha de ovelha - pequena, do tamanho certo. Imediatamente compra-se também o carvão e um tinto chileno encorpado. Liga-se desesperadamente para os companheiros de sempre, mas ninguém está disponível, assim de sopetão. E então......não há o que fazer......não tem remédio.....vamos comer a dita sozinho!!! O que sobrar, come-se outra hora. Tchan tchan tcham!
Com muita calma, abre-se o vinho. Limpa-se a dita, retirando as inevitáveis pelancas, e começa-se a temperar: Alecrim verde, muito alho esmagado, sal grosso (de leve), e óleo de oliva extra virgem (apenas um generoso fio). Espalha-se tudo na carne com as mãos mesmo, e deixa-se curtir por meia hora - ou o suficiente para se armar um bom braseiro na churrasqueira. O plano é assar na grelha, sem fogo, tipo parrija. Quando a mão sobre a grelha sentir um calor mais firme, coloca-se a dita para assar. Primeiro um lado, depois o outro...., e assim por cerca de uma hora, cuidando para não queimar, e que as gorduras derretam.
O resultado? Não duvide, é um luxo só. Não dá para explicar....só provando.
Sobras? Infelizmente não sobrou nada!